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sexta-feira, 22 de junho de 2012

Cinemas da cidade trazem Johhny Depp em dose dupla


Dois filmes de Johnny Depp chegam aos Multiplex Topázio de Indaiatuba esta semana. O primeiro é o lançamento nacional “Sombras da Noite”, mais uma parceria do ator com o diretor Tim Burton, e o segundo é “Diário de um jornalista bêbado”, baseado em romance do escritor Hunter S. Thompson, morto em 2005, e também amigo de Depp. A tercira novidade é o nacional “E aí, comeu?”, mais uma incursão do humorista Bruno Mazzeo no cinema.

Soap-opera gótica
Johnny Depp poduziu o filme por ser fã da novela original
“Sombras da Noite” é baseada na soap-opera “Dark Shadwos”, exibida entre 1966 e 1971 nos EUA. No ano 1750, Joshua e Naomi Collins, com seu filhinho Barnabas, saem da Inglaterra para começar uma vida nova nos Estados Unidos, onde constroem um império de pesca em uma cidade litorânea de Maine, que acaba recebendo o nome da família: Collinsport. Duas décadas depois, Barnabas (Johnny Depp) tem o mundo a seus pés. Dono da Mansão Collinwood, Barnabas é rico, poderoso e um playboy inveterado... Até que ele comete o grave erro de se apaixonar por uma bela mulher, Josette DuPres (a australiana Bella Heathcote, que trabalhou em “O Preço do Amanhã”), e de partir o coração de Angelique Bouchard (Eva Green, de “Cassino Royale” e “Os Sonhadores”). Angelique, uma bruxa em todos os sentidos, o condena a um destino pior do que a morte: o transforma em vampiro e depois o enterra... vivo. Quase dois séculos depois, Barnabas sem querer é libertado de seu túmulo e encontra uma realidade muito mudada, em 1972, e se sente um estranho em um mundo mais estranho ainda. Ao voltar para a Mansão Collinwood, ele descobre que sua propriedade perdeu toda a grandiosidade e caiu em decadência, e que os problemáticos integrantes da família Collins que restaram se saíram um pouco melhor, cada um guardando seus próprios segredos sombrios.
A bela Eva Green é a bruxa Angelique
A matriarca da família, Elizabeth Collins Stoddard (Michelle Pfeiffer, voltando a tralhar com Burton 20 anos depois de “Batman – O Retorno”), é a única pessoa para quem Barnabas revela a sua verdadeira identidade. Mas seu comportamento um tanto esquisito e anacrônico imediatamente gera suspeitas na psiquiatra Dra. Julia Hoffman (Helena Bonham Carter, mulher de Burton que está em todos seus filmes desde “Planeta dos Macacos”), que não faz a menor ideia dos problemas que está trazendo à tona.
Quando Barnabas decide restaurar a antiga glória do nome de sua família, uma coisa o impede: uma importante moradora de Collinsport chamada Angie... que é incrivelmente parecida com Angelique.
Também vivem na Mansão Collinwood o irmão preguiçoso de Elizabeth, Roger Collins (Johnny Lee Miller, de “Transpotting”), sua filha adolescente rebelde, Carolyn Stoddard (Chloë Moretz, de “Kickass”, “Deixa ela entrar” e “A Invenção de Hugo Cabret”), e o filho precoce de 10 anos de Roger, David Collins (Gully McGrath que também participou de “A Invenção de Hugo Cabret”). O paciente caseiro de Collinwood é Willie Loomis (Jackie Earle Haley, de “Watchemen” e “Pecados íntimos”) e a mais nova empregada da família é a babá de David, Victoria Winters, que é misteriosamente idêntica ao amor verdadeiro de Barnabas, Josette.

Não tenho nada a ver com isso
Johhny Depp é o jornalista bêbado
Embora o título nacional tenha rendido piadas no escritório da Lui Cinematográfica (não é Fábio Alexandre?), não se trata de uma biografia deste escriba, ainda que Johnny Depp tenha a mesma idade que a minha. O filme “Diário de um Jornalista Bêbado” (The Rum Diary) conta a história de Paul Kemp (Johnny Depp), um jornalista itinerante e exuberante que viaja até Porto Rico para escrever para o The San Juan Star, um jornal local, que está quase fechando e é administrado pelo editor Sr. Lotterman (Richard Jenkins, indicado ao Oscar por “O Visitante”). Iniciando em seu trabalho, Kemp se reúne com Sala (Michael Rispoli, de “Kickass”), um talentoso e novato fotógrafo. Os dois se tornam amigos e companheiros de bebida enquanto trabalham com suas modestas tarefas para o jornal. A eles se junta depois Moberg (Giovanni Ribisi), um homem selvagem e jornalista fora dos padrões do The San Juan Star, cuja vida gira exclusivamente em torno de drogas e álcool.
Ao que tudo indica, o astro está pegando sua companheira de elenco no filme,
a linda, loira, e bissexual assumida Amber Heard. Se inveja matasse...
Numa noite estrelada, Kemp conhece Sanderson (Aaron Eckhart, de “Obrigado por fumar”), um empresário corrupto que vive a vida de um rei em sua mansão moderna à beira-mar, e  sua noiva incrivelmente sexy, Chenault (Amber Heard, com quem, segundo as editorias de celebridades, Deep anda “ficando” após sua separação de Vanessa Paradis). O empresário o convida para se reunir com seus parceiros, que estão planejando desenvolver hotéis de luxo e condomínios em uma parte da costa da ilha, que é completamente virgem, e tenta convencer Kemp a escrever matérias favoráveis sobre o projeto no jornal. Inicialmente, o jornalista fica um pouco inseguro e hesitante, pois teme que o negócio possa ser ilegal, mas depois que Sanderson usa sua influência para tirá-lo da prisão por bebedeira, ele fica em dívida com este homem poderoso. Sem opções, Kemp aceita a proposta torta do empresário, e após um passeio ao redor da ilha no Corvette vermelho de Sanderson ao lado da bela Chenault, ele fica completamente obcecado por ela.  Kemp oscila por um tempo entre as tentações do dinheiro e poder (incluindo aí, a mulher de seu empregador) e a ética jornalística, e será uma noite regada a álcool e alucinógenos que vai decidir a questão.
Depp já havia feito outro filme baseado em livro de Hunter S. Thmpson, “Medo e Delírio”, dirigido por Tery Gilliam. Desta vez, o comando ficou a cargo do muito mais convencional Bruce Robbinson, indicado ao Oscar por “Os Gritos do Silêncio”.

Papo de macho
O trio de protagonistas, Bruno Mazzeo, marcos Palmeira e Emílio Orciollo Netto
“E aí, comeu?” é baseado em texto de Marcelo Rubens Paiva, que já havia rendido polêmica quando levado ao palco. O título foi considerado impróprio e omitido durante uma entrevista no programa da TVE chamado... “Sem Censura”.
Com um título desses, o elenco feminino tem que fazer
jus, como a ninfeta Laura Neiva...
Fernando (Bruno Mazzeo), Honório (Marcos Palmeira) e Fonsinho (Emilio Orciollo Netto) são três amigos de infância que, diante da ‘nova mulher’,  tentam entender o papel do homem no mundo atual. O primeiro é um arquiteto talentoso que acaba de ser deixado por Vitória (Tainá Muller, de “Cão sem dono” e “Tropa de Elite 2”). Ainda tentando entender os motivos da separação, conhece Gabi (Laura Neiva, a revelação de “À Deriva”), uma linda adolescente, que passa longe do clichê da ninfeta ingênua. É inteligente, bem resolvida e muito madura. Honório (Marcos Palmeira), jornalista, é o machão à moda antiga. Casado com a linda e independente Leila (Dira Paes, a eterna Solineuza de “A Diarista”), ele suspeita que está sendo traído. Afinal, por várias noites, ela se arruma, deixa-o cuidando das três filhas do casal e sai, sem dar explicações. Fonsinho  (Emilio Orciollo Netto) é escritor conquistador de mulheres. Solteiro convicto, nunca se casou e nunca conseguiu terminar um livro. Sua maior crítica é a garota de programa Alana (Juliana  Schalch de “Os 3”), por quem ele acaba se apaixonando. Reunidos no Bar Harmonia, espécie de QG da turma, eles tentam resolver seus dilemas. A mesa do bar é extensão da casa dos três amigos. É lá que eles se encontram para relaxar, ver, ser visto, falar dos problemas, de trabalho, da vida e, claro, de mulheres.
...e a garota de programa vivida por Juliana Schalch
 A idéia do filme surgiu há alguns anos, quando Mazzeo e Emilio passavam o Carnaval em Salvador. “Eu e o Emilio estávamos recém separados e tínhamos de reaprender a ser solteiros, a entender como funcionava a dinâmica das conquistas. Além das conquistas no  mercado de trabalho, as mulheres hoje vêm para cima mesmo. Elas ganharam o direito de ir à caça. Queríamos falar desta nova condição do homem. E o Emílio teve a ideia da peça. Foi perfeita”, conta Mazzeo.
Curiosamente, Rubens Paiva também escreveu a peça quando ele, e todos seus amigos mais próximos, estavam se separando. “Ainda tínhamos o sonho de que íamos crescer, casar e que ia funcionar para sempre. De repente, tivemos de aprender a conviver com a nova situação. E voltar a sair com novas pessoas. De entender o que mudou”

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