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quarta-feira, 4 de julho de 2012

O Espetacular Homem-Aranha arrasa


Os donos de cinema podem ficar tranquilos que a festa dos super-heróis nas bilheterias vai continuar. “O Espetacular Homem-Aranha” pode até não bater os recordes d’ “Os Vingadores”, mas no mínimo fica perto, e deve criar uma nova franquia do “cabeça de teia”.
O diretor Marc Webb só tem mais um longametragem no currículo, mas é muito significativo: “(500) Dias com ela”, a ótima comédia romântica para garotos, cujo estilo pode ser reconhecido no bom desenvolvimento do personagem Peter Parker, mais contemporâneo que a versão de Sam Raimi, que era mais próximo do original de Stan Lee e Steve Ditko. As cenas de ação procuram valorizar o 3D, valor agreado que pode alavancar a bilheteria para além dos filmes da primeira trilogia. Mas são os personagens centrais o principal trunfo da nova versão.
Andrew Garfield faz um Peter Parker mais descolado que Tobey Maguire, que assumiu o personagem após uma série de papéis parecidos, como em “Tempestade de Gelo” e “Regras da vida”. Garfield é menos conhecido, a não ser pelo seu Eduardo Saverin de “A Rede Social”, que é muito diferente da identidade secreta do Homem-Aranha. Sendo assim, não é marcado por uma persona cinematográfica. Ele é mais irado (literalmente), menos encucado e aceita melhor as chances que os poderes lhe dão. Mais parecido com os adolescentes do século XXI, portanto.
O que já não é o caso de Emma Stone, escolha perfeita para ser a nova-velha namorada do herói. Nova porque substitui a Mary Jane da trilogia de Raimi, e velha porque a loira foi o primeiro amor de Peter Parker nos quadrinhos (e no cinema foi praticamente uma ponta em “Homem-Aranha 3”, na pele de Bryce Dallas Howard). Além de já ter mostrado seu carisma e graça em produções tão diferentes quanto “Zumbilândia”, “Amor a toda prova” e “Histórias cruzadas”, aqui ela faz uma variante da Zoe Deschanel de “(500) Dias com ela”: a garota de personalidade, que não liga muito para que os outros pensam e muito esperta (ela desvenda o dilema de Peter no final, ao contrário da Mary Jane de Kirsten Dunst, que demora dois longas para perceber).
A duas vezes oscarizada Sally Field evoca a mãe de Forrest Gump como a Tia May; Martin Sheen faz um rigoroso mas afetuoso Tio Bem (irônico para quem é pai do bad old boy Charlie Sheen); Rhus Ifans (vilão em “Hannibal” e alívio cômico em “Um lugar chamado Nothing Hill”) faz um correto, mas não memorável Curt “O Lagarto” Connors; mas quem surpreende é Denis Leary como o dedicado Capitão Stacy. Quem o viu como o bombeiro doidão e pegador em “Rescue me” sabe do que estou falando.
Algumas curiosidades que anotei no filme:
- Tio Ben não diz a frase “grandes poderes trazem grandes responsabilidades”, um mantra da primeira trilogia retirada das HQs.
- O cartaz que inspira Parker a criar o Homem-Aranha é de um lutador mascarado latino chamado El Cruzado de La Noche, que poderia ser traduzido para o inglês como Darknight.
- O visual de Gwen Stacy vem da versão dos quadrinhos, que usava minissaia com botas de cano longo, que eram moda na época.
- E, para quem ainda não viu, tem uma coda no meio dos créditos ao estilo dos filmes da Marvel (Homem-Aranha, no cinema, pertence à Columbia).

1 comentários:

  1. Olá passei para conhecer seu blog ele é notº10, muito maneiro com excelente conteúdo gostaria de parabenizar o seu trabalho e desejar muito sucesso em sua caminhada e objetivo no seu Hiper blog e que DEUS ilumine seus caminhos e de seus familiares
    Um grande abraço e tudo de bom

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