Em semana dominada pela estréia mundial de "O Espetacular Homem-Aranha" (confira resenha aqui), o Multiplex Topázio do Shopping Jaraguá traz à cidade o drama "Deus da Carnificna", de Roman Polanski. O filme e baseado na peça de sucesso da francesa Yasmina Reza, que fez sucesso também nos palcos brasileiros. Para levar o texto à telona, o cineasta polones convocou um elenco de peso que reúne quatro Oscars, dois de Jodie Foster, um de Kate Winslet e outro de Christoph Waltz. Completa o time John C. Reilly, ótimo coadjuvante que foi indicado ao prêmio da Academia por "Chicago".
Em Nova York, o casal Nancy e Alan Cowan (Kate Winslet e Christoph Waltz) vai até a casa de Penelope (Jodie Foster) e Michael (John C. Reilly). O motivo do encontro: o filho do primeiro casal agrediu o filho do segundo. Eles tentam resolver o assunto dentro das normas da educação e civilidade, mas, aos poucos, cada um perde o controle diante da situação.O quarteto é composto de personalidades muito diferentes: Kate Winslet interpreta Nancy Cowan, mulher acostumada à elegância e à cordialidade, tendo sempre que se desculpar pelo comportamento inadequado de seu cínico marido, Alan Cowan, interpretado por Christopher Waltz. O outro casal é composto por Michael Longstreet (John C. Reilly), um homem acostumado à imagem de bondoso, mas que esconde um temperamento mais forte do que se esperava, e Penélope Longstreet (Jodie Foster), uma mulher guiada por rígidos princípios morais.
Não é a primeira peça que Polanski leva ao cinema. Em 1994 ele adaptou com maestria a pela de Ariel Dorfman, "A Morte e a Donzela" (igualmente levado aos palcos brasileiros) com grandes atuações de Sigoruney Weaver e, especialmente, Ben Kingsley. Isso sem falar que a claustrofobia é uma marca egistrada do cineasta, como nos já clássicos "Repulsao ao sexo", "Armadilha do Destino", "O Inqulino" e o menor, mas ainda assim interessante, "Lua de Fel".
Segundo Luiz Zanin, de O Estado de S. Paulo, "Nem é preciso dizer que o tema de entrelinhas de 'Deus da Carnificina' é a hipocrisia. Todos são capazes de pensamentos politicamente corretos, mas também se mostram dispostos a usar as armas mais baixas e letais quando se trata de defender o interesse próprio."
Já Neusa Barbosa, do Cineweb, "Filme e peça apoiam-se fundamentalmente na notável artilharia verbal do texto original, que serve à perfeição não só para delimitar as diferenças entre os personagens, como para escancarar como são frágeis as máscaras sociais, como a educação, a cultura, até os modos à mesa. Não é um panorama muito otimista do estado geral da civilização, alguns milênios depois da saída dos homens das cavernas, mas certamente sua ironia é uma digna forma de encará-lo."
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