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Todos reunidos com uma só missão: degustar o máximo de vinhos possível |
Ontem, dia 8, aconteceu o 2º Tasting Wine of Chile em São
Paulo, no Hotel Unique. Foi uma mostra de vinhos chilenos, reunindo
importadores e produtores, só para convidados. Digamos que, para os enófilos, é
como uma loja de doces deixada à disposição das crianças. Profissionais como a sommeliérè Josi Pieri, que me levou ao
evento, já chegam com uma ideia do que provar, de olho nos bons negócios.
Neófitos como este escriba vão na base da experimentação, atrás dos top de
linha, mas também em busca de descobertas de bom preço. Com tanta oferta (39
estandes de produtores, mais um reunindo os “tintos emblemáticos” e “brancos
chilenos a descobrir” de algumas delas) era preciso algum critério para evitar a
embriaguez excessiva. Fugimos dos óbvios Concha y Toro, Cousiño Macul, Tarapacá,
Santa Carolina e Santa Helena, e fomos à garimpagem.
Começamos com o Signos de Origen Syrah 2009 (preço: R$ 91),
do Vale Casablanca, que tem o selo orgânico, dentro da proposta da vinícola de
ser a maior orgânica do mundo. Depois fomos de Castillo de Molina Sauvignon
Blanc Reserva 2010 (R$ 45), do Vale Del Elqui. O Calcu Sauvignon Blanc 2012, do
Vale Colchagua, dos Viñedos Calcu (R$45) me surpreendeu mais, muito ácido e
frutado. O rótulos seguinte foi um “vinhão”: o Q Clay 2008, também do
Colchagua, da Viña Bisquerrit, com corte de 95% Merlot e 5% de Syrah (R$ 139).
Muita complexidade e potencial de guarda, apesar de já ter quatro anos em
garrafa.
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Estande da Casas Del Toqui, representada dela Bodegas |
Demos uma parada mais longa no estande da Casas Del Toqui,
representado pela Bodegas Seleccionadors de Vinhos, que promoveu a última
degustação na Brancotinto. Desgustei os Reserva Carmenère (2010), Pinot Noir
(2011) e Cabernet Sauvignon (2010), todos com preço de atacado de R$ 49 e
bastante corretos para essa faixa de consumo. Da Viña de Martino provei o
Viejas Tinajas 2011 ((R$ 87,40), um Cinsault produzido em Coelemu, no Vale de
Itata, de sabor diferente, como a uva com que é elaborada, eleito Vinho
Revelação da edição chilena do Guia
Descorchados 2012. A vinícola também ganhou três estrelas do “Guia de
Vinícolas do Chile”, de Flávio Faria, que será lançado aqui em Indaiatuba no
dia 17, na Brancotinto.
Da ótima Perez Cruz, experimentamos o Syrah Limited Edition
2010, do Vale do Maipo Alto (R$95); o Chaski Petit Verot 2008, produzido na
mesma região (R$120) e um top que não estava na lista, o Liguai 2009, um corte
de 40% de Syrah, 35% de Cabernet Sauvignon e 25% Carmenère, com preço na faixa
dos R$200. Acho que tivemos a sorte de ter acesso a esse vinho, que leva o nome
da propriedade onde está localizada a Perez Cruz, por causa da presença do
enólogo chefe da vinícola, Germán Lyon, no estande naquela hora.
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Bufe com petiscos porque, sem comida, ninguém dá conta de tanto vinho |
Da Viña Ventisquero provamos outro top, o Pangea 2007, um
Syrah do Vale Colchagua (R$220), um dos melhores da tarde, muito elaborado e
com final longo. Depois desse, é quase uma sacanagem falar do Vertice 2007, na
mesma região e produtora, um corte de Carmenère e Syrah (R$130), muito
agradável; e do Grey Carmenère 2010, da mesma produtora, do Vale do Maipo, muito
bom, macio e preço mais acessível, R$85.
Terminamos o delicioso tour pelo 2º Tasting Wines of Chile
na mesa dos “Tintos emblemáticos” e “Descobrindo os brancos do Chile”,
esquecendo os segundos porque nossas papilas já estavam com muito tanino e
outros sabores fortes para apreciar devidamente as sutilezas dos brancos.
Assim, fomos de Don Amado 2007, da vinícola Torreón de Las Paredes, no Vale
Cachapoal, com 90% de Cabernet Sauvignon (preço de R$210), Vistamar Gran Resrva
2009, do Grupo Belén, produzido no vale do Maipo com corte de Cabernet
Sauvignon e Syrah, um dos melhores para mim no quesito preço-qualidade (R$60);
e finalmente o Falernia Number One 2007, produzido com 50% de uvas Cabernet
Sauvignon, 25% Carmenère e 25% Syrah no Vale Elqui pela Viña Falerna (R$94,68),
um vinho com sabor de Velho Mundo, que fechou com chave de ouro essa
megadegustação.
A organização da Wines of Chile foi impecável, do
credenciamento à distribuição de um guia com informações de cada vinícola e rótulo
participantes, com espaço para que os convidados anotassem suas impressões.
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O enólogo-chefe da Perez Cruz, Gérman Lyon, com Josi Pieri |
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A bela Jessica, trabalhando na mostra |
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Josi entre Luiz Alexandre P. Moraes, gerente nacional de Vendas e Marketing da World Wine; e Thiago Bastos, representante da mesma importadora |
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Garotas a trabalho na 2a Tasting Wines of Chile |
Abaixo, os melhores degustados:
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O Liguai 2009 da Perez Cruz |
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O Pangea 2007 da Viña Ventisquero |
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O Falernia Number One 2007 |
Que bacana, Kimas! E que evoluçao de paladar...
ResponderExcluirUm beijo;
Josi Pieri