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quarta-feira, 14 de março de 2012

O que ver nos cinemas (de Indaiatuba, ao menos)

Estamos bem servidos de opções nas nove salas dos cinemas de Indaiatuba, nos shoppings Jaraguá e Polo. Os tres premiados no Oscar deste ano restantes em cartaz - O Artista, A Dama de Ferro e A Invenção de Hugo Cabret - são muito bons e devem ser conferidos. Sobre os vencedores deste ano, tci algumas considerações mais demoradas no meu outro blogo Conversa de Botequim On Line.
Entre os demais, destaco John Carter: entre dois mundos, que foi mal recebido pela crítica e teve bilheterias decepcionantes nos EUA. Não entendi por que. É uma ótima aventura, com a direção do mesmo Andrew Stanton de Procurando Nemo e Wall-E e um elenco convincente. A má impressão talvez venha dos trailers, em que o protagonista Taylor Kitsch - o Gambit de X-Men Origens: Wolverine - parece muito canastrão. Não está, principalmente em comparação com coisas como Channing Tatum (G.I. Joe: a Origem do Cobra) e Ryan Reynolds ( bom comediante, mas péssimo action hero em Lanterna Verde). Da princesa Lynn Collins eu só me lembrava de sua Silverfox no mesmo voo solo do Wolverine, mas revendo seu currículo lá está ela como Portia na versão de O Mercador de Veneza estrelada por Al Pacino. Não me lembrei talvez porque ela estava loira naquela versão da peça de Shakespeare, mas ela estava ótima num dos melhores papéis femininos escrita pelo Bardo. O vilão é o habitual Marc Strong (Sherlock Holmes, Robn Hood, Lanterna Verde), ajudado por Dominic West, o corrupto de 300. A dupla Julio Cesar e Marco Antonio de Roma - Ciáran Hinds e James Purefoy - se reencontra em situação de comandante e comandado, enquanto Willem Dafoe (Homem-Aranha), Samantha Morton (Minority Report), Thomas Hayden Church (Homem-Aranha 3) e Polly Walker (Roma) dão movimentos e vozes aos seus personagens Thark, seres com dois metros e meio e quatro braços.
Classificar John Carter como ficção-científica talvez seja um erro: está mais para uma fantasia como Senhor dos Anéis ou Cronicas de Nárnia.  Mas o problema talvez esteja em não se definir entre os generos adulto-juvenis (os modelitos da Lynn Collins devem provocar cara-feia entre os educadores ne Winsconsin) e infanto-juvenil que é a praia do diretor até hoje. Mas vale a pena assistir e curtir descompromissadamente. Só é pena que dificilmente vai virar franquia.
Outro filme a ser conferido é A Mulher de Preto, primeiro filme de Daniel "Harry Potter" Radcliffe após o fim da saga do bruxo de Hogwarts. É um terror gótico clássico, amplificando o clima sombrio e mórbido com os recursos do cinema moderno. Radcliffe está bem como o jovem viúvo em eterno luto pela morte da mãe de seu filho de quatro anos. As passagens na aldeia provinciana preparam para o verdadeiro horror que se encontra na mansão isolada do mundo a cada maré alta. É de arrepiar os cabelos da nuca. Pena que o final seja assim, assim, mas vale pelo recheio.

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