O SESI-SP promove a Mostra de Cinema Nelson Rodrigues 100 anos, que integra
a programação especial em homenagem ao centenário de
nascimento do dramaturgo. A mostra contempla as produções consagradas pela
crítica e títulos menos lembrados que trazem diferentes olhares sobre a obra
rodriguiana. As sessões gratuitas, com exibição em formato DVD, acontecem de 3
de novembro a 15 de dezembro em 54 unidades do SESI no Estado de São Paulo.
Os filmes selecionados são uma pequena amostra do conjunto de obras produzidas com base nas
peças teatrais do autor. Os títulos “A Serpente”, “Bonitinha, mas Ordinária” e
“Engraçadinha Depois dos Trinta”, cedidos pela Magnus Filmes, destacam o papel
dos textos do dramaturgo na construção da cinematografia brasileira e a
versatilidade de sua produção teatral.
“A Serpente”, última peça escrita por
Nelson, começou a ser rodada nos anos 1980 pelo diretor Alberto Magno (filho de
Jece Valadão). Já o longa “Bonitinha, mas Ordinária”, baseado em peça homônima
de 1962, estreou na telona em 1964, com direção de Billy Davis (a.k.a. J. P. Carvalho). Foi a
primeira adaptação cinematográfica da obra; a segunda versão foi lançada em 1981 (com Lucélia Santos, Vera Fisher e José Wilker) e a terceira, de Moacy Goés (dos filmes da Xuxa) foi rodada em 2009, mas ainda não foi lançada comercialmente.
O folhetim
“Asfalto Selvagem – Engraçadinha, seus Amores e seus Pecados” foi publicado pela
primeira vez em capítulos no jornal carioca
Ultima Hora, em 1959. “Engraçadinha
Depois dos Trinta” é a sequência de “Asfalto Selvagem” (1964), ambas produções
do mesmo diretor, J. B. Tanko, famoso como diretor dos filmes dos Trapalhões. Em 1981, outra vez Lucélia Santos viveu a personagem-título, e em 1995 a Rede Globo produziu uma minissérie estrelada por Cláudia Raia e Alessandra Negrini, que foi lançada nesse programa.
Sobre o projeto Nelson Rodrigues 100
Anos SESI-SP
O projeto do SESI-SP em comemoração ao centenário de Nelson
Rodrigues inclui espetáculos, leituras dramáticas, exposição, exibição de
filmes, debates e oficinas. Os destaques da programação, que tem curadoria de
Ruy Castro, biógrafo de Nelson, e direção artística de Marco Antônio Braz,
especialista na obra rodriguiana, são a abrangência das atividades, a
participação de personalidades (entre as quais muitas pessoas que conviveram com
ele), a abordagem de aspectos menos
conhecidos do dramaturgo – como jornalista, escritor, cronista esportivo e
folhetinista – e o caráter pedagógico das ações com os mais de 400 alunos de
iniciação teatral dos Núcleos de Artes Cênicas do SESI-SP.
Fichas técnicas
“A Serpente”
Rio de Janeiro, 1980, 35mm, cor, 80 minutos
Direção: Alberto Magno
Elenco: Jece Valadão, Marco Nanini, Monique Lafond, Zezé Motta, Cristina Bério e Ari Fontoura
Classificação indicativa: 16 anos
Rio de Janeiro, 1980, 35mm, cor, 80 minutos
Direção: Alberto Magno
Elenco: Jece Valadão, Marco Nanini, Monique Lafond, Zezé Motta, Cristina Bério e Ari Fontoura
Classificação indicativa: 16 anos
As
irmãs Guida e Lígia se casam no mesmo dia e na mesma igreja. As duas vão viver
juntas, com seus maridos, no mesmo apartamento. Enquanto Lígia se decepciona
com o casamento, não chegando a consumar a sua primeira relação sexual, Guida
vive feliz e satisfeita ao lado de seu homem. Disposta a ajudar a irmã, Guida
oferece seu marido a Lígia, dando início a um dramático triângulo amoroso.
Adaptação de “A Serpente”,
última peça de Nelson Rodrigues.
“Bonitinha,
mas Ordinária”
Rio de Janeiro, 1963, 35mm, pb, 100 minutos
Direção: de J. P. de Carvalho
Elenco: Jece Valadão, Odete Lara, Fregolente, Angela Bonatti, Ribeiro Fortes e Ida Gomes
Classificação indicativa: 16 anos
Rio de Janeiro, 1963, 35mm, pb, 100 minutos
Direção: de J. P. de Carvalho
Elenco: Jece Valadão, Odete Lara, Fregolente, Angela Bonatti, Ribeiro Fortes e Ida Gomes
Classificação indicativa: 16 anos
Uma
moça de família lê no jornal a notícia sobre a violência sexual sofrida por uma
empregada doméstica. Obcecada com o fato, ela pede ao cunhado, seu amante, que
a faça vítima de idêntico ultraje. Quando seus parentes descobrem o que
aconteceu, tentam a todo custo lhe arranjar um casamento. Seu pai, então, passa
a aliciar um jovem empregado, oferecendo-lhe um polpudo cheque em troca do
casório com a filha. Apaixonado por sua vizinha, jovem humilde como ele, o
rapaz oscila entre a fidelidade a seus sentimentos e o casamento de
conveniência que o faria enriquecer da noite para o dia. Adaptação da peça “Otto Lara Rezende ou bonitinha, mas ordinária”.
“Engraçadinha Depois dos Trinta”
Rio de Janeiro, 1966, 35mm, pb, 95 minutos
Direção: J. B. Tanko
Rio de Janeiro, 1966, 35mm, pb, 95 minutos
Direção: J. B. Tanko
Elenco:
Irma Alvarez, Fernando Torres, Vera Vianna, Nestor Montemar, Mário Petraglia e Carlos
E. Dolabella
Classificação indicativa: 14 anos
Classificação indicativa: 14 anos
Depois
do casamento com o pacato Zózimo, Engraçadinha leva a vida de maneira recatada
e pudica, cuidando de seus filhos e seguindo os preceitos de sua religião. No
entanto, Silene, sua filha mais nova, tem a
mesma volúpia da mãe quando jovem, e seu comportamento parece instigar os
impulsos de adolescência que Engraçadinha custou a abandonar. A partir daí,
fantasmas e personagens do passado regressam para atormentar novamente a vida
da família. Adaptação da segunda parte do folhetim “Asfalto selvagem – Engraçadinha, seus Amores e seus Pecados”.
Serviço:
SESI Cinema – Mostra de Cinema Nelson Rodrigues 100
anos
Local: Teatro SESI Amoreiras – Campinas
Av. das
Amoreiras, 450 Pq. Itália
Capacidade: 366
lugares e 08 para cadeirantes.
Datas:
17/11 -
17h Bonitinha mas ordinária - 16
anos
17/11 - 20h
Engraçadinha depois dos trinta - 14
anos
18/11 - 19h
A
Serpente -
16 anos
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