Nosso sábado, dia 2 de fevereiro, começou ensolarado pela perspectiva de um dia só de passeios, sem degustações programadas. A primeira parada foi o Parque Temático Epopéia Italiana, uma espécie de museu interativo da imigração italiana na Serra Gaúcha. Uma atriz caracterizada como Rosa, bisavó do dono da Giordani Turismo, empresa que opera o local e uma das apoiadoras do nosso Famtour, conduz o grupo pela viagem no tempo, que começa em Pederzano, na região do Trento, Norte da Itália, segue pela dramática travessia do Atlântico em um porão de navio, a chegada a Porto Alegre e a viagem até a Serra Gaúcha, então praticamente mata virgem. Cada etapa da jornada tem um cenário próprio: a cidade de Pederzano, o porto de Gênova, o navio, o mato que entregaram no lugar da terra prometida, os primeiros assentamentos e, finalmente, a cidade de Bento Gonçalves na virada dos séculos XIX e XX. O tour acaba com uma degustação de vinhos, suco de uva e pratos típicos dos imigrantes, entre os quais, a cuca. O passeio custa R$ 17,00 por pessoa.
|
Entrada do túnel do tempo da imigração italiana na Serra Gaúcha |
|
A atriz Sandra interpreta Rosa, a imigrante italiana |
|
Cenário imitando Pederzano, no Norte da Itália |
|
Casa de camponeses do norte da Itália |
|
Embarque no Porto de Gênova: dentro do navio há projeção de um filme sobre a viagem até o Brasil |
|
Ao invés da terra prometida, os italianos encontraram uma mata virgem cheia de animais selvagens |
|
Os barracões foram a primeira moradia dos colonos |
|
Muitas casas de agricultores ainda são feitas nos mesmos moldes da virada do século XIX para XX |
|
A Bento Gonçalves do início do século XX |
|
A Epopéia lembra e homenageia imigrantes de outros países que também sofreram na chegada ao Brasil |
|
O encerramento da jornada, com vinho, suco de uva e comidas típicas |
|
Baú e foto dos imigrantes Giordanni retratados na epopéia |
O sol que brilhava quando chegamos deu lugar à chuva, que nos acompanhou até a Churrascaria Ipiranga. Afinal, quem vai ao Rio Grande do Sul não pode deixar de passar por um "espeto corrido", mesmo que não seja em uma região em que o churrasco seja predominante. O toque diferente do restaurante é que ele tem mostruário de diversas vinícolas do Vale dos Vinhedos e vende as garrafas pelo mesmo preço praticado pelas mesmas em seus varejos. Ao invés do bufe de saladas e pratos quentes, o serviço inclui pratos italianos no rodízio, como a indefectível sopa de capaletti, polenta frita e - o que foi inusitado - queijo coalho em pedaço único no espeto. Entre as carne, o destaque é a fraldinha, conhecida lá como "vazio", para presumível desgosto de Marcos Bassi. Tudo sai por R$ 48,00, muito barato em comparação com Rio, São Paulo e Campinas.
|
Bonecos imitando um gaúcho e uma prenda em torno de um churrasco de fogo de chão ,
na vitrine da Churrascaria Ipiranga |
|
Mostruário de vinícolas da região: loja vende garrafas pelo mesmo preço das cantinas |
|
O queijo coalho em pedaço único no espeto |
|
Um dos sócios da Ipiranga, Milton Santin, entre os jornalistas Liana Saba, do Correio Braziliense, e Oscar Daudt, do site EnoEventos |
|
A assessora de Imprensa Siara Salvagni com o outro sócio-irmão da churrascaria, Edson Santin |
A digestão seria feita na Maria Fumaça, passeio ferroviário turístico que sai de Bento Gonçalves, passa por Garibaldi e termina em Carlos Barbosa, berço e sede da Tramontina. A locomotiva é uma máquina americana fabricada em 1941 e os vagões são da antiga RFFSA (sigla da Rede Ferroviária Federal S.A., citada na música "Maria Fumaça", de Kleiton e Kledir), sendo que o primeiro foi mantido com os bancos originais. Na estação, tem lojinha (com picolé pelo preço recorde de R$7,50), degustação de vinhos e sucos de uva e música ao vivo. Durante o percurso, os passageiros são entretidos por apresentações musicais (coral italiano e o inevitável vanerão), teatral e informações gerais fornecidas por uma simpática - ao menos no nosso vagão - ferromoça. O preço do passeio varia segundo a época do ano, mas parece que estava a R$ 45,00.
|
A locomotiva a vapor americana Mikado fabricada em 1941 |
|
Embarque na estação de Bento Gonçalves |
|
Atores caracterizados de colonos que utilizavam a linha |
|
A simpática ferromoça Graziela |
|
Paisagem campestre fotografada da janela do trem |
|
Carro mantido com os mesmo bancos originais da RFFSA |
|
Bailão a bordo ao som de música italiana |
|
Esquete humorístico apresentado durante a viagem |
|
A gaiteira faz um show no melhor estilo Adelaide Chiozzo (quem?) |
|
Apresentação musical na estação de Garibaldi |
|
Dupla gaudéria faz da Maria Fumaça um CTG sobre trilhos |
Ao passar por Carlos Barbosa é praticamente obrigatório visitar o varejo da Tramontina, gigante dos talheres, panelas e outros utensílios de cozinha. Ganhamos um bom desconto, mas os preços em geral são os mesmo das lojas dos grandes centros.
|
Equipe do marketing recepcionou os jonralistas |
|
Loja design, com peças top de linha da Tramontina |
|
Faca para corte de sashimi exibida como jóia |
Finalmente, no final da tarde fomos à Abertura oficial da Vindima do Vale dos Vinhedos, nomo pomposo para o que acabou sendo uma festa da paróquia. O que tornou o evento mais autêntico.
Previsto para começar o Hotel Michelon, acabou sendo transferida toda para o salão paroquial. Presentes políticos, como o jovem prefeito de Bento Gonçalves, Guilherme Pasin, e seu colega de Monte Belo do Sul, Lirio Turri, além da soberana do Vale dos Vinhedos e rainha e Princesas da Fenachamp, Festa do Champanhe de Garibaldi, autodenominada mair produtora de champanhe - ou espumante - do Brasil. Além dos discursos oficiais, a cerimônia teve pisa das uvas, missa, degustações de algumas vinícolas da região e filó italiano, que é uma tradição local, quando as famílias se reunião na casa uma das outras, com os maridos jogando e mulheres trançando chapéus e cestos de palha, tudo movido a muito vinho e comida. Os comes, no caso, foram providenciados pela comunidade e os bebes pelas vinícolas, que montaram estandes, mas sem aquelas doses de degustação, porque senão o povo vai achar que é sovinice. Os jogos mostrados eram a dama de vinho (jogado com taças de vinhos tintos e branco, que são bebidas à medida que vão sendo "comidas"), os de baralho bisca e trissete e a mora, jogada com os dedos (um "dois-ou-um" feito com mais dedos e muito mais rápido). Para quem esperava poupar o fígado, as presenças de algumas produtoras que não faziam parte do tour, como a Miolo e a Torcello (do presidente da Aprovales, Rogério Valduga) nos obrigou a mais uma rodada de avaliação de seus vinhos. Noblesse oblige...
|
Cara de quermesse na paróquia |
|
A "furiosa" de Pinto Bandeira, Banda Maria Alves, animando a parte oficial da festa |
|
Os jornalistas participantes do Famtour, em foto oficial |
|
Moisés Michelon, dono do Hotel Michelon, ao lado da soberana do Vale dos Vinhedos,
Letícia Dal Magro |
|
O presidente da Aprovale, Rogério Valduga, agradede a presença de todos |
|
O prefeito de Bento Gonçalves, Guilherme Pasin, que recebeu do antecessor
um município mergulhado em uma crise financeira |
|
A soberana Letícia dal Magro, com as princesas da Fenachamp, Juliana Osório e Renata David, que ladeiam
a rainha Bruna Locatelli |
|
O prefeito Gulherme Pasin tem o duro trabalho de lavar os pés da soberana Letícia |
|
A bela Letícia faz a pisa das uvas |
|
As beldades da festa de Garinaldi também tem os pezinhos lavados pelas autoridades presentes |
|
Bruna, Renata e Juliana pisando as uvas |
|
Senhoras fazendo o filó |
|
Missa agradece a safra e abençoa a produção |
|
Peça conta a saga dos italianos que se fixaram na Serra Gaúcha |
|
Crianças escutam atentamente as histórias da "nona" |
|
Muta comida para abastecer a festa |
|
Bisca e trisete são os jogos de carta típicos da região |
|
As jornalistas Mariana Perini, da revista .AG, de Vitória, e Luciana Leite, da Nova Mesa, de Cuiabá,
jogam a dama de vinho |
|
A mora exige rapidez de raciocínio e coordenação motora |
|
Rogério Valduga com o pai Remy, autor de sete livros |
Nenhum comentário:
Postar um comentário