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sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Segundo dia do Fam-Tour pela Serra Gaúcha


Vinhedos da Pizzato
Iniciamos o segundo dia do fam-tour com uma visita à Vinícola Pizzato, e fomos recebidos pelo fundador Plínio Pizzato e sua filha Flávia. A empresa  possui 26 hectares no Vale dos Vinhedos e mais 16 hecateres em Doutro Fausto de Castro, a 50 quilometros de distancia. O nome curioso da localidade deu origem ao rótulo Fausto, que tem como logomarca uma figura humana dividida em dois, representando o bem e o mal, como no Fausto de Goethe.
Flávia e seu pai Plínio recebendo a caravana
Colhemos alguns cachos da variedade Egiodola, trazida para o Brasil por Plínio em 1988, que ele pretende trocar por novas por novas parreiras de cepas mais comerciais, para desgosto do filho Flávio, enólogo da vinícola. Houve a pisa da uva, numa lembrança dos tempos dos colonos italianos, durante a qual degustamos alguns espumantes tanto dos rótulos Pizzato quanto da Fausto, em geral de características mais jovens e frescas.
Sérgio Inglez de Sousa fazendo a colheita mesmo prejudicado

O bogueiro remetendo ao passado de agricultores de seus avós

As jornalistas Luciana Leite e Mariana Perini fazendo a pisa da uva

Thais Sabino, do portal Terra, também meteu o pé na uva

Na degustação propriamente dita, provamos o Pizzato Chardonay Legno 2012, com uma produção de apenas 1.500 garrafas, que passa por 8 meses de barrica de carvalho, com 90% de Chardonnay e 10% de  Pinot Noir,  e que custa R$ 60,00 no varejo direto ao consumidor. Em seguida provamos duas safras do Egiodola, a maturíssima 2003 e a mais recente 2009, bem distintas uma da outra, mas com características bem marcantes, e que passam por 9 a 10 meses em barricas de carvalho. Passamos em seguida ao Verve 2009, lançado no ano passado, produzido em Dr. Fausto de Castro, com 12 meses em barrica de carvalho, com 30% de Merlot, 30% de Tannat e 40% de Cabernet Sauvignon, que custa R$ 60,00 na loja da vinícola.
O enóloro o Flávio Pizzato mostra o uso do espectrômetro na medição do álcool potencial da uva
Finalmente fomos ao Top de Linha DNA 2008 Single Wine Merlot, com 1 meses de barrica de carvalho, que ainda será lançado ao preço de R$100.
Vinhos no mostruário da Pizzato

O almoço foi na Mamma Gema Trattoria, uma filial da Primo Camilo de Garibaldi, que existe há 2 anos. O dono é um ex-jogador no Grêmio chamado Pessali, e a casa oferece um rodizio de massas animal, além de opções a la carte entre R$ 40,00 e R$ 60,00 que servem duas pessoas. A seqüência - que é como chamam o rodízio que não seja e carne no sul (o de carne chama "espeto corrido") teve como entrada polenta mole com molho a bolonhesa, seguido por uma salada de folhas, manga, gorgonzola e nozes. As massas foram ravioli com molho de gorgonzola e nozes, talharim com alcachofra, capeletoni de pato com sálvia e manteiga, penne com bacalhau, rondelle a bolonhesa, tortei a moda da casa, tortei a bolonhesa, espaguete a carbonara, e ainda risoto de tomate seco com rúcula, frango com ervas e um escalope de alcatra. como sobremesa, brigadeiro de colher ou sorvete artesanal com clada de vinho. Tudo uma delícia!  Tem ainda uma lojinha no subsolo que vende vinhos e outros artigos da região. Fica entre Bento Gonçalves e Monte Belo do Sul e é uma opção recomendadíssima.
Fachada da Mamma Gema
Ampla área interna do restaurante
Polenta mole com molho bolonhesa
Salada da estação

Risoto e frango com ervas
Ravioli com gorgonzola e nozes
Penne com bacalhau
Tortei de tomate seco
Brigadeiro de colher
 De barriga cheia fomos à Don Laurindo, uma das mais elogiadas vinícolas "de butique" da região. Fomos recepcionados pelo enólogo Ademir Brandelli, que antes de transformar propriedade da família numa produtora de vinhos de qualidade atuou por 16 anos na Dal Pizzol. Ele contou um pouco da longa história familiar e mostrou com orgulho suas instalações, inclusive suas caves onde 250 mil garrafas descansam. A degustação para visitantes custa só R$ 15, e sai de graça no caso de compra. Para nó, foi oferecido degustar 11 rótulos... em 30 minutos. Destaques para o branco Malvasia de Candia, Ancellotta 2008, o excelente Tannat 2008, o Merlot com D.O. 2009,  o ótimo Malbec 2007 e o delicioso Estilo 2008. Uma aula teórica e prática de vitinificação.
Prédio da Don Laurindo
Ademir Brandini diante de suas caves
Loja da vinícola
O "arquivo" histórico da Don Laurindo
A degustação a jato de 11 vinhos
Os excelentes vinhos degustados
Nossa próxima parada foi a Alma Única, uma dissidência da Don Laurindo. Assim como Ademir, Márcio e Magda também são filhos do patriarca Laurindo Brandelli, que alguns anos venderam suas cotas na vinícola-mãe e adquiriram tres hectares e montaram sua própria empresa. Iniciando as atividades em 2010, rapidamente ganharam respeito dos especialistas, principalmente por conta seu Syrah, atualmente na safra 2011, que passa 12 meses em barrica, e que custa R$ 55,00. Provamos também os espumantes Nature, com 50% chardonnay e 50% pinot noir, que custa R$ 40, e o  Brût 100% Chardonnay champenoise, que sai por R$48,00, ambos muito bons. O top de linha, no entanto, é o Superpremium, um assemblage de 35% de Syrah, 22% dtae Merlot, 22% de Malbec e 22% e Cabernet sauvignon, que passou 24 meses em barrica. Muito estruturado e complexo, sai por R$ 85,00. Magda anunciou para 2014 um vinho chamado Parte 2, que será lançado na abertura da Copa do Mundo, um corte de Merlot e Cabernet Sauvignon, que será "de beber de joelhos", segundo ela mesma.
O belo projeto arquitetônico da Almaúnica
A degustação na Almaúnica
 Noventa por cento das vendas são diretas ao consumidor
Magda Brandelli
Passeio pelas modernas instalações
Depois passamos pelo varejo da Gran Legado, que em 2011 recebeu a Medalha de Ouro no Wine Challnge e Londres com seu Gran Legado Champenoise Brût, até hoje o único espumante brasileiro a realizar a proeza. Parte desse sucesso, deve-se ao DNA da vinícola, cujo "grande legado" veio da Maison Forrestier, uma das primeiras a produzir vinhos varietais de verdade no Brasil, cujos vinhedos foram adquiridos pela Tecnovin, fabricante de uva, para montar a Gran Legado.
O varejo da Gran Legado fica distante cerca de 5 quilometros da produção
O enólogo Christian Bernardi
O premiado Gran Legado Champenoise Brût, que custa R$ 35,00 na loja da vinícola
A área interna da loja de varejo
O passeio terminou na simpática vinícola Larentis, onde fomos recepcionados pela família inteira, e conduzidos pelo passeio e degustação pelo jovem enólogo André Larentis. Eles começaram a produzir vinhos finos em 2001,  tem a proposta de apostar no frescor de seus produtos, que são muito agradáveis a preços bem interessantes. O agradável Chardonnay 2012 sai por R$ 23,00;  o Pinotage 2011, bem típico da uva sulafricana, custa R$ 25,00, o exótico Marselan 2009 sai por R$ 35,00; o surpreendente Tannat 2012, idem. O top de linha da casa é o Mérito 2008, com tiragem de apenas mil garrafas, com 60% de Merlot, 20% cabernet sauvignon, 10% marselan e 10% ancellota sai por R$ 69,00. Além desses bons produtos com ótimo custo-benefício, a Larentis tem como atração o piquenique entre as videiras, que sai por R$ 30,00 por pessoa e que pode ser acompanhado por uma garrafa da loja da vinícola, no nosso caso o agradável espumante Brût. Um passeio muito legal que tem como plus a simpatia dos Larentis. 
Construção da Larentis evoca a tradição
A simpaticíssima família Larentis
Área interna da vinícola
As videiras de Marselan
André Larentis retirando Chardonnay do tonel para provarmos
O agradável piquenique à sombra das parreiras
A matogrossense Luciana Leite já fez um sabrage no primeiro piquenique de sua vida

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