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quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Sexto dia do Famtour pela Serra Gaúcha

Fachada da Viapiana
O segundo dia em Flores da Cunha começou com uma visita pela Viapiana, outra produtora de vinhos de mesa que está investindo nas castas europeias. Ela foi fundada em 1986 e só em 1999 começou a fazer vinhos finos. A proporção diz tudo: de cerca de um milhão de garrafas produzidas, apenas 80 mil são de vinhos finos. As instalações são amplas e modernas, e a área de recepção aos visitante tem um visual clean, especialmente a sala de degustação, a melhor que visitamos em toda a viagem.
A loja de varejo

O restaurante, que também só funciona por agendamento
As caves

Sala de degustação

A mesa, com cuspidor com flush

O gerente comercial Cesar Curra

O enólogo Elton Viapiana

O almoço, aguardadíssimo, foi na Escola Internacional de Gastronomia, da Universidade de Caxias do Sul, instalada em Flores da Cunha. A instituição fica num dos pontos mais altos da cidade, e em seu pátio encontra-se o galo gigante comentado no post do Quinto Dia do Famtour, uma antiga casa de madeira e um coreto, mantidos por interesse histórico.
Fomos recebidos pelo diretor técnico Mauro Cingolani, que nos conduziu até o belo restaurante da escola. O cardápio elaborado pelo chef italiano Franco Gioeli foi um dos pontos altos gastronômicos da viagem, abrindo com um crostini de pate de salmão, fomos à cebola cozida na brasa e atum fresco assado, com molho de azeitonas; depois um risoto ao vinho tinto com fonduta de queijo; prato principal paleta de cordeiro ao forno com uva, cogumelos e echalote; e de sobremesa, torta de avelã com pêssego (ele nos passou as receitas, que em breve publicarei na seção devida no portal Sabores do Interior). Tudo harmonizado com vinhos dos Altos Montes: um espumante Alvise Brût, da vinícola Mioranza, um Luiz Argenta Chardonnay, um Viapiana Sauvignon Blanc e um Venturini Merlot, da Monte Reale.
Em seguida, Cingolani nos mostrou as instalações da escola e nos fez uma explanação sobre os objetivos e filosofia da instituição.

A entrada da Escola Internacional de Gastronomia

Os chefs Franco Gioeli e Mauro Cingolani, diretor técnico

Casa antiga preservada

O simpático coreto


O belo e amplo restaurante da escola

Mostruário de massas: deve ser difícil governar um país com tantos tipos de macarrão

A sala de degustação de vinhos

A sala de aula com cozinha
Nossa parada seguinte foi a vinícola Salvador, comandada por pai e filho enólogos, Antonio e Daniel Salvador, e que funciona num prédio antigo que já foi moinho de trigo e um dos pontos de vinificação da falecida gigante Vinícola Riograndense (a ascenção e queda da empresa merecia um livro). É um das poucas dos Altos Montes que já nasceu com a intenção de se dedicar aos vinhos finos, com uma produção de 60 mil litros por ano, dos quais 20% são espumantes, e mantém ainda uma linha de suco de uva premium. Vale a visita para conhecer o prédio, que tem ainda um salão de festas no primeiro andar, e pelos vinhos de boa combinação preço-qualidade.
Fachada da Vinícola Salvador

Loja de varejo

Tonéis antigos
Salão de festas no andar de cima

Varanda com vista para Flores da Cunha

Quadro com Baco, Deus do Vinho

Os enólogos Daniel e Antonio Salvador


Nossa visita seguinte foi à Cooperativa Nova Aliança, uma união de cinco cooperativas: Aliança e São Victor (de Caxias do Sul), Linha Jacinto (de Farroupilha), Santo Antônio e São Pedro (de Flores da Cunha), que reúnem 800 vinícolas familiares. Com vinhedos distribuídos na Serra Gaúcha, Serra Sudeste (Encruzilhada do Sul) e Campanha Gaúcha, somando 1.350 hectares que resultam em 35 mil toneladas de uva, processadas em dez unidades industriais localizadas na Serra Gaúcha e em Santana do Livramento para virar vinhos de mesa e fino, e suco de uva. Uma nova planta industrial localizada em Flores da Cunha prevista para ser inaugurada em julho deste ano vai engarrafar 300 mil litros de suco por dia.
Fachada da loja da Nova Aliança
O gerente comercial Marciano Paviani
Vista interna da loja

No Rio Grande do Sul, quentão é o que chamamos de vinho quente, e a Nova
Aliança vende a mistura pronta para esquentar

Prateleira de vinhos e sucos

O dia se encerrou com uma visita à Vinícola Luiz Argenta, que sediou o lançamento da Vindima dos Altos Montes. A cerimônia foi bem mais discreta do que a equivalente do Vale dos Vinhedos, Rainhas, soberanas e princesas também estiveram presentes, ao lado de autoridades e do presidente da Associação dos Produtores dos Vinhos dos Altos Montes (Apromontes), Delmir Argenta, que também foi o anfitrião. Houve apresentação do coral Nova Trento, mas não teve pisa das uvas, para decepção dos fotógrafos, mas em compensação pudemos conhecer aquela que é considerada uma das mais modernas vinícolas do País. 
Luiz Argenta foi o pai dos irmãos Delmir e Neco, empresários do ramo de postos de combustíveis que em 1999 decidiram comprar 140 hectares que pertenciam à antiga Granja União, da Vinícola Riograndense, que lá plantou os primeiros pés de uvas viníferas no Brasil em 1929. Uma total reconversão das videiras foi feita em 2008 e em 2009, foi inaugurado o moderníssimo prédio onde fica a sede e a fábrica de vinificação. O novo e o antigo convivem lado a lado, já que a antiga sede da Granja União foi preservada. É um ponto turístico obrigatório dos Altos Montes. 


As representantes da beleza dos Altos Montes

O coral Nova Trento

O presidente da Apromontes e anfitrião da festa Delmir Argenta

O prefeito de Flores da Cunha, Lídio Scortegagna



A colheita simbólica
Além do vinho produzido com alta tecnologia, outro diferencial da Luiz Argenta são alguns lançamentos conceituais, que tem como público alvo o consumidor mais jovem. Daí a as garradas gemeas, com Gewürztraminer em uma e Sauvignon Blanc na outra, que podem ser vendidas juntas ou separadamente, tanto é que a  da variedade alsaciana já esgotou; ou a Shiraz, que pode tem duas bases de apoio, em pé ou inclinada. A linha jovem inclui ainda o Pinot Noir e o Rosé e seus tops de linha são o Gran Reserva Cuvée Cuvée, um corte de Cabernet Sauvignon e  Merlot, e o Gran Reserva Cabernet Sauvignon.
Delmir Argenta anunciou novos projetos para 2013, entre eles um Amarone e barriquinhas de brandy exclusivas.


Os belos vinhedos da Luiz Argenta

Cada quadra tem o nome de um artista brasileiro importante: esta é do Roberto Carlos

A antiga sede da Granja União

A moderna sede da Luiz Argente

A produção: o teto em curva remete aos vinhedos

Área de acesso aos banheiros

A cave

Grande parte do prédio foi escavado na pedra bruta
Mesa de degustação

As garrafas gemeas com Gewürstramniner e Sauvignon Blanc
Até o cuspidor tem design

O enólogo Edegar Scortegagna


A bela diretora de marketing e herdeira, Daiane Argenta

O visual do terraço



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