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Fachada da Viapiana |
O segundo dia em Flores da Cunha começou com uma visita pela Viapiana, outra produtora de vinhos de mesa que está investindo nas castas europeias. Ela foi fundada em 1986 e só em 1999 começou a fazer vinhos finos. A proporção diz tudo: de cerca de um milhão de garrafas produzidas, apenas 80 mil são de vinhos finos. As instalações são amplas e modernas, e a área de recepção aos visitante tem um visual clean, especialmente a sala de degustação, a melhor que visitamos em toda a viagem.
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A loja de varejo |
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O restaurante, que também só funciona por agendamento |
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As caves |
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Sala de degustação |
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A mesa, com cuspidor com flush |
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O gerente comercial Cesar Curra |
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O enólogo Elton Viapiana |
O almoço, aguardadíssimo, foi na Escola Internacional de Gastronomia, da Universidade de Caxias do Sul, instalada em Flores da Cunha. A instituição fica num dos pontos mais altos da cidade, e em seu pátio encontra-se o galo gigante comentado no post do Quinto Dia do Famtour, uma antiga casa de madeira e um coreto, mantidos por interesse histórico.
Fomos recebidos pelo diretor técnico Mauro Cingolani, que nos conduziu até o belo restaurante da escola. O cardápio elaborado pelo chef italiano Franco Gioeli foi um dos pontos altos gastronômicos da viagem, abrindo com um crostini de pate de salmão, fomos à cebola cozida na brasa e atum fresco assado, com molho de azeitonas; depois um risoto ao vinho tinto com fonduta de queijo; prato principal paleta de cordeiro ao forno com uva, cogumelos e echalote; e de sobremesa, torta de avelã com pêssego (ele nos passou as receitas, que em breve publicarei na seção devida no portal Sabores do Interior). Tudo harmonizado com vinhos dos Altos Montes: um espumante Alvise Brût, da vinícola Mioranza, um Luiz Argenta Chardonnay, um Viapiana Sauvignon Blanc e um Venturini Merlot, da Monte Reale.
Em seguida, Cingolani nos mostrou as instalações da escola e nos fez uma explanação sobre os objetivos e filosofia da instituição.
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A entrada da Escola Internacional de Gastronomia |
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Os chefs Franco Gioeli e Mauro Cingolani, diretor técnico |
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Casa antiga preservada |
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O simpático coreto |
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O belo e amplo restaurante da escola |
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Mostruário de massas: deve ser difícil governar um país com tantos tipos de macarrão |
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A sala de degustação de vinhos |
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A sala de aula com cozinha |
Nossa parada seguinte foi a vinícola Salvador, comandada por pai e filho enólogos, Antonio e Daniel Salvador, e que funciona num prédio antigo que já foi moinho de trigo e um dos pontos de vinificação da falecida gigante Vinícola Riograndense (a ascenção e queda da empresa merecia um livro). É um das poucas dos Altos Montes que já nasceu com a intenção de se dedicar aos vinhos finos, com uma produção de 60 mil litros por ano, dos quais 20% são espumantes, e mantém ainda uma linha de suco de uva premium. Vale a visita para conhecer o prédio, que tem ainda um salão de festas no primeiro andar, e pelos vinhos de boa combinação preço-qualidade.
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Fachada da Vinícola Salvador |
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Loja de varejo |
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Tonéis antigos |
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Salão de festas no andar de cima |
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Varanda com vista para Flores da Cunha |
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Quadro com Baco, Deus do Vinho |
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Os enólogos Daniel e Antonio Salvador |
Nossa v
isita seguinte foi à Cooperativa Nova Aliança, uma união de cinco cooperativas: Aliança e São Victor (de Caxias do Sul), Linha Jacinto (de Farroupilha), Santo Antônio e São Pedro (de Flores da Cunha), que reúnem 800 vinícolas familiares. Com vinhedos distribuídos na Serra Gaúcha, Serra Sudeste (Encruzilhada do Sul) e Campanha Gaúcha, somando 1.350 hectares que resultam em 35 mil toneladas de uva, processadas em dez unidades industriais localizadas na Serra Gaúcha e em Santana do Livramento para virar vinhos de mesa e fino, e suco de uva. Uma nova planta industrial localizada em Flores da Cunha prevista para ser inaugurada em julho deste ano vai engarrafar 300 mil litros de suco por dia.
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Fachada da loja da Nova Aliança |
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O gerente comercial Marciano Paviani |
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Vista interna da loja |
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No Rio Grande do Sul, quentão é o que chamamos de vinho quente, e a Nova
Aliança vende a mistura pronta para esquentar |
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Prateleira de vinhos e sucos |
O dia se encerrou com uma visita à Vinícola Luiz Argenta, que sediou o lançamento da Vindima dos Altos Montes. A cerimônia foi bem mais discreta do que a equivalente do Vale dos Vinhedos, Rainhas, soberanas e princesas também estiveram presentes, ao lado de autoridades e do presidente da Associação dos Produtores dos Vinhos dos Altos Montes (Apromontes), Delmir Argenta, que também foi o anfitrião. Houve apresentação do coral Nova Trento, mas não teve pisa das uvas, para decepção dos fotógrafos, mas em compensação pudemos conhecer aquela que é considerada uma das mais modernas vinícolas do País.
Luiz Argenta foi o pai dos irmãos Delmir e Neco, empresários do ramo de postos de combustíveis que em 1999 decidiram comprar 140 hectares que pertenciam à antiga Granja União, da Vinícola Riograndense, que lá plantou os primeiros pés de uvas viníferas no Brasil em 1929. Uma total reconversão das videiras foi feita em 2008 e em 2009, foi inaugurado o moderníssimo prédio onde fica a sede e a fábrica de vinificação. O novo e o antigo convivem lado a lado, já que a antiga sede da Granja União foi preservada. É um ponto turístico obrigatório dos Altos Montes.
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As representantes da beleza dos Altos Montes |
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O coral Nova Trento |
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O presidente da Apromontes e anfitrião da festa Delmir Argenta |
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O prefeito de Flores da Cunha, Lídio Scortegagna |
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A colheita simbólica |
Além do vinho produzido com alta tecnologia, outro diferencial da Luiz Argenta são alguns lançamentos conceituais, que tem como público alvo o consumidor mais jovem. Daí a as garradas gemeas, com Gewürztraminer em uma e Sauvignon Blanc na outra, que podem ser vendidas juntas ou separadamente, tanto é que a da variedade alsaciana já esgotou; ou a Shiraz, que pode tem duas bases de apoio, em pé ou inclinada. A linha jovem inclui ainda o Pinot Noir e o Rosé e seus tops de linha são o Gran Reserva Cuvée Cuvée, um corte de Cabernet Sauvignon e Merlot, e o Gran Reserva Cabernet Sauvignon.
Delmir Argenta anunciou novos projetos para 2013, entre eles um Amarone e barriquinhas de brandy exclusivas.
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Os belos vinhedos da Luiz Argenta |
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Cada quadra tem o nome de um artista brasileiro importante: esta é do Roberto Carlos |
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A antiga sede da Granja União |
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A moderna sede da Luiz Argente |
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A produção: o teto em curva remete aos vinhedos |
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Área de acesso aos banheiros |
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A cave |
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Grande parte do prédio foi escavado na pedra bruta |
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Mesa de degustação |
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As garrafas gemeas com Gewürstramniner e Sauvignon Blanc |
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Até o cuspidor tem design |
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O enólogo Edegar Scortegagna |
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A bela diretora de marketing e herdeira, Daiane Argenta |
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O visual do terraço |
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