Virada Cultural Paulista em Indaiatuba

Desde a mudança e governo é nítido que Indaiatuba despencou no quadro da Virada Cultural Paulista. Se sob a gestão de André Sturm na supervisão do projeto recebíamos atrações de primeira linha, nos últimos dois anos estamos no patamar de, digamos, Mogi Mirim.
Um dos motivos é a volta de Campinas à programação após o período em que o prefeito cassado Hélio e Oliveira Santos esnobou o governo do Estado, alegando que a cidade não precisava da Virada. Agora, com um prefeito aliado ao governador Geraldo Alkimin, Campinas não apenas leva o filé mignon como ainda vai receber um novo teatro - de nome Carlos Gomes - que vai custar 80 milhões!
Mas deixemos a inveja de lado e vamos ao nosso feijão com arroz. No ano passado, o Parque Ecológico só lotou á meia-noite para o show de Emicida e este ano apenas no encerramento, com Raimundos. No Ciaei, o frio e a falta de atrações conhecidas deixou distantes os tempos de peças de primeira e stand-up comedy na madrugada.
Aliás, este ano inventaram de abrir o Palco Externo com comediantes em pé. Dois, no caso, porque embora só houvesse sido anunciado o curitibano Afonso Padilha, ele contou com a companhia do paulita Thiago Ventura. Um show basicamente se sorrisos amarelos. No Centro Integrado de Apoio à Educação (Ciaei) acontecia a performance Sombras da Arquiterura com a Cia. Quase Cinema e o Sarau Literário com escritores locais. À meia-noite e maia, o trio novaiorquino Au Revoir Simone, um das atrações internacionais da Virada, se apresentava no frio para um público apático. A música das meninas é bem aquilo que disse minha assessora para Pop Alternativo, Fabiana Bering Esteves Teodoro: "bom pra ouvir trabalhando, cozinhando...".
No domingo á noite, o Raimundos finalmente levaram um público digno da Virada, mesmo não sendo o que já foi. Para mim, fica a dúvida se voltaremos a receber a Virada em 2014. Se depender dos números desta edição na cidade, corremos o risco de perder esse fim de semana de música e arte gratuitas.