Rui Falcão e Josi Pieri |
Nesta segunda-feira, dia 22, eu e a sommelière Josi Pieri, da Brancotinto, tivemos uma aula de vinhos portugueses com o jornalista lusitano Rui Falcão, no
Centro de Convenções do Vitória Hotel de Campinas. Foi uma ação dos Vinhos de
Portugal, esse foi um curso de nível 3, voltado apenas a profissionais do
setor, jornalistas e formadores de opinião. Rui Falcão é um dos mais
respeitados críticos de vinho português, e mantém o ótimo blog http://ruifalcao.com
.
Foi uma viagem fascinante pelas diversas regiões viníferas da
nossa antiga metrópole, as características que tornam seu vinhos únicos, a
variedade de castas – que supera as 300 – e, principalmente, alguns de seus rótulos
mais representativos. Iniciamos nossa jornada pela região dos Vinhos Verdes (quando
DOC) ou Minho (quando IG), que foram representados pelo Casa do Valle 2011, um ótimo vinho verde. Passamos
rapidamente
pelos Trás-os-montes e chegamos ao Douro, a mais antiga região demarcada para
vinhos do mundo (1756). Tanto é que degustamos um excelente vinho, o Duas Quintas Reserva 2008, da Adriano
Ramos Pinto; e o melhor do curso, o Pintas
2010, da Wine & Soul, uma edição de apenas 5.500 garrafas, e que foi
por dois anos um dos 10 melhores do mundo. Provando descobrimos porque.
O professor demonstra sua paixão por seu país e seus vinhos |
A viagem por Portugal prosseguiu após o almoço pelo Dão,
cujos exemplares provados foram o ótimo branco Quinta da Giesta 2010, da Sociedade Agrícola das Boas Quintas, de
excelente combinação custo-benefício; e o tinto Quinta da Fata Reserva 2009, com grande potencial de guarda. Da
Bairrada veio o ótimo branco Quinta das
Bágeiras Garrafeira 2010, um vinho com tiragem de menos de 3 mil garrafas,
cada uma com número de série, e potencial de guarda de 70 (!) anos. Uma
maravilha!
Da região de Lisboa provamos o branco Morgado de Sta. Catherina Reserva 2010, DOC de Bucelas, onde só se
fazem brancos da uva Arinto. Ainda de Lisboa degustamos o CH by Chocapalha 2009, um varietal de Touriga Nacional, a uva lusa
mais conhecida no mundo. Depois de uma r´pida visão do Tejo, passamos á
Península de Setúbal, terra do Moscatel de Setúbal, um fortificado que rivaliza
com os mais conhecidos Porto e Madeira. Provamos o Bacalhôa 2004, que mantém o frescor apesar do doce característico.
O Alentejo é a maior região de Portugal, abrangendo um terço
de seu território. De lá vem o branco Margarida
2009, da vinícola Monte dos Cabaços; o Blog
2010, um tinto do enólogo Tiago Cabaço; e Cortes de Cima Reserva 2008, um vinho de produção internacional, de
uma vinícola pertencente a um casal americano-dinamarquês, elaboriado por um
enólogo australiano em terroir português.
A viagem terminou passando pelo Algarve, Açores e Ilha da
Madeira (cujos fortificados não entram na Associação Vinhos de Portugal, assim
como os do Porto), só na teoria, porque há poucos e escassos exemplares dessa
região, nenhum disponível no Brasil.
Se a ideia era vender os vinhos portugueses, a Vinhos de
Portugal e Rui Falcão foram muito bem sucedidos. Na certa, todos os
participantes saíram com muito mais conhecimento e vontade de se aprofundar na
imensa variedade e qualidade das vinhas portuguesas,
Os vinhos degustados
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