O Teatro Liceu de Campinas recebe a primeira montagem do espetáculo “Enquanto Houver Vida, Viverei”, do livro homônimo de Júlio Emílio Braz. Com adaptação de Ronaldo Ciambroni e direção de Luciano Mattos, a peça relata a emocionante história de Tinho, que dois anos depois de um trágico acidente de moto, na comemoração de seus 18 anos, descobre que é portador do vírus da Aids, contraído durante uma transfusão de sangue.
A peça toma o quarto como cenário único para abrigar os conflitos de Tinho. Tal qual uma “casca protetora”, a intensidade, a busca pela informação, os amores não vivenciados, a família, os amigos e o próprio preconceito guiam a encenação.
Uma das características mais interessantes da montagem é o jogo teatral na qual diretor e atores estabelecem entre si, lembrando que o teatro é resultado da comunicação imediata, do amor, do belo, do diálogo e da interação com o público.
Apesar de um assunto tão doloroso aos olhos da sociedade, a peça adota a beleza de um mistério, um serviço à humanidade, uma relação intimista, colocando a arte como uma sinalização de trânsito na contribuição para quebra de preconceitos, mostrando ao espectador que a felicidade verdadeira existe, mas, sobretudo, que é perfeitamente possível alcançá-la por meio de uma experiência de solidão, da dor pessoal e artística.
“Enquanto Houver Vida, Viverei” é uma história de amor que falará do amor, na dor. E das muitas artimanhas e armadilhas que envolvem quem resolve empreender essa busca: a dor e a alegria, o medo e a coragem, a dúvida e a fé. A conversa de Tinho com seu melhor amigo Geninho, pela câmera do seu computador, nos mostra a realidade física, causada pela doença, trazendo a relação com o tempo: toda existência é atual, toda presença real é realidade presente.
O elenco
Ariclenes Barroso (19 anos)
Natural da cidadezinha Itapipoca no Ceará, durante nove anos foi integrante no Grupo Teatro Oficina Uzyna Zona, sob direção de José Celso Martinez Corrêa. Atuou nos espetáculos Os Sertões, Taniko, Os Bandidos, Cacilda 2, Bacantes e O Banquete. No cinema, atuou no longa metragem Luz nas Trevas ao lado de Ney Matogrosso, com direção de Helena Ignez e Ícaro Martins. Em 2013 está nos filmes Tatuagem, obra de Hilton Lacerda; e Se Deus Vier que Venha Armado, de Luis Dantas. Em 2014 estará nos longas metragens: Aspirante, de Ives Rosenfeld; e Jonas e a Baleia, de Lô Politi.
Danilo Lima (23 anos)
Formado em 2010 pela Escola de Teatro, Cinema e TV Incenna, cursou aprofundamento em TV na Agência Sagarana. Participou de diversas oficinas culturais, tais como Balé, Hip-Hop e Circo (Malabares). Atuou nos espetáculos Mulher, com texto e direção de Luciano Mattos; Os sete gatinhos, de Nelson Rodrigues e direção de Rafael Tru?aut; Muitas Luas, de Tatiane Belink e direção de Atilio Garetti; Para Sempre, com texto e direção de Luciano Mattos; e Fazer o bem, com texto e direção de Fabricia Vivas. Participou ainda das seguintes campanhas publicitárias: Enem 2012, TV Guarulhos, Etna e Claro.
Rodrigo Schor (31 anos)
Formado pela escola de atores Wolf Maya, nasceu e foi criado na cidade de São Paulo. No teatro atuou nos seguintes espetáculos: O prazer é todo meu, de Ricardo Leitte com direção de Carlinhos Machado; Antígona, de Sófocles, tradução de Guilherme Almeida e direção de Sergio Ferrara; e A Festa, de Harold Pinter com direção de Brian Peniso Ross. Participou dos musicais: Noturno e A Dança dos Signos, de Oswaldo Montenegro com direção de Deto Montenegro. No cinema, participou do filme Se Deus Vier que Venha Armado, com direção de Luís Dantas.
O diretor
Luciano Mattos
Formado em Artes Dramáticas pela EAD-USP, cursou Comunicação Social pela Universidade Paulista. Dirigiu e produziu os espetáculos Caminhos da Paixão, de Plínio Pacheco; O Drama de Maria, de Silvionê Assis Chaves; Caminho da Cruz, de Arnaldo de Vidi (Itália); e Elas, de Silvionê Assis Chaves. Em março de 2011 dirigiu a Paixão de Cristo no Autódromo de Interlagos cujo elenco contou com a participação de Luiggi Barrichelli, Oscar Magrine entre outros. Na televisão, atuou em Histórias do Brasil (Rasga Coração), de Gianfrancesco Guarnieri e direção de Edu Ramos (Núcleo TV Gazeta Mercantil); e A vinda do Messias, com roteiro e direção de Vicente Abreu (Rede Bandeirantes/CNT – Produzido pela TV Século 21).
O autor
Júlio Emílio Braz
É um escritor de literatura infanto-juvenil. Sua carreira literária começou quando ficou desempregado. Autodidata, tem muita facilidade em aprender sozinho. Nasceu em Manhumirim (MG) e com sete anos começou a escrever. Apesar de formado em Contabilidade, sua paixão sempre foi ser professor de História. Porém, não conseguiu completar o curso de História. Escreveu histórias em quadrinhos de "bang-bang" com 39 pseudônimos diferentes. Ficou conhecido mundialmente e ganhou prêmios como o Austrian Children Book's Awards e o Blue Cobra Award do Swiss Institute For Children's Books. Júlio Emílio escreve comédias, suspense e ação. Um de seus melhores livros foi Esperando os Cabeças Amarelas.
Na televisão, escreveu quadros para o programa Os Trapalhões, da TV Globo, e uma telenovela em dez capítulos para uma emissora do Paraguai. É autor de livros infanto-juvenil, entre eles Saguairu, que obteve o Prêmio Jabuti em 1989. Entre suas outras obras, destacam-se os livros Uma Pequena História de Natal, Anjos no Aquário, Crianças na Escuridão, Felicidade Não Tem Cor e Corrupto. Escreveu em parceria com a escritora Léia Cassol a obra Uma História Apaixonada e A Gota: Uma Biografia Bem Apressada. Hoje tem 169 livros publicados, todos destinados a crianças e adolescentes. A obra Crianças na Escuridão já foi traduzida para o alemão e para o espanhol. Ele também escreveu Pretinha, Eu?, Lendas da África e Os Meninos do Chafariz.
A dramaturgia
Ronaldo Ciambroni
Autor, compositor, ator e diretor. Na televisão atuou no Sítio do Pica-Pau-Amarelo (TV Bandeirantes) como Visconde de Sabugosa; e Oh Coitado! (SBT). Como autor, escreveu Vila Sésamo – (TV Globo); Antonio Alves – (SBT); O Direito de Vencer e Escolinha do Gugu (Record). Como compositor, além de vários musicais de sua autoria, musicou as peças Os Setes Pecados Capitais, As Beterrabas do Senhor Duque, O Patinho Feio, A Menina e o Vento, O Rapto das Cebolinhas e Maroquinhas Fru Fru. No teatro, atuou em mais de 30 espetáculos do qual destaca-se Donana, que em 2012 completou 38 anos em cartaz, e do qual foi escolhido na Europa como um dos dez espetáculos mais importantes do século passado, sendo o único a representar o Brasil. Ganhador de vários prêmios como autor, ator e compositor entre eles: Moliere, Ary Barroso, Coca Cola e APCA (Associação dos Críticos de Artes).
FICHA TÉCNICA
Diretor Luciano Mattos
Dramaturgia Ronaldo Ciambroni
Elenco Ariclenes Barroso, Danilo Lima e Rodrigo Schor
Tratamento de texto Eduardo Guimarães
Preparação de corporal Telmo Rocha e Silvius Hermmes
Sonoplastia Fabrício Cardeal
Operador de som Carlos Matos
Iluminação Abdias Júnior
Operador de luz Ede Carlos
Projeto cenográfico Cizo de Souza
Assistente administrativo Heleque Ferreira
Produção executiva Programa Foco
Assistente de produção Carlos Miranda Neves
Designer de vídeos Luciana Ramin
Projeto gráfico Entrecliques
TEATRO LICEU
Endereço Rua Baronesa Geraldo de Resende, 330 Guanabara – Campinas.
Espetáculo Enquanto Houver Vida, Viverei.
Estreia 06 de julho.
Temporada 13 e 27 de julho (sábados).
Horário 16 horas.
Classificação etária 14 anos.
Gênero Drama.
Preço R$ 40 (inteira) R$ 20 (meia).
Promoção Grupos de amigos com 06 pessoas pagam R$ 15 (cada).
Ingressos antecipados www.ingressorapido.com.br ou 4003-1212.
Informações 19 3744 6823.
Estacionamento no local.
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