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segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Degustação Bodega Noemia no Bellini

Na sexta-feira, a importadora Vinci realizou uma degustação da Bodega Noemia, no Restaurante Bellini, do Hotel Vitória de Campinas. A vinícola localizada na Patagônia argentina é fruto da parceria entre a condessa italiana Noemi Marone Cinzano e o enólogo dinamarques Hans Vinding-Diers. Tudo começou quando o segundo descobriu pro acaso algumas garrafas de Malbec feito na região e que datavam de 15 anos. Mesmo certo de que a bebida já estaria oxidada, ele resolveu provar por curiosidade e se surpreendeu com a descoberta. O vinho não apenas não havia estragado como havia amadurecido como só os grandes rótulos normalmente conseguem. Hans passou a pesquisar a região e logo sugeriu à condessa sua amiga que investisse numa vinícola na Patagônia, literalmente no meio do nada, para produzir Malbec, 100% ou em cortes eme que ele é predominante.
A gerente de vendas da Bodega Noemia, Berenice Maulhardt, conduziu uma degustação vertical do A Lisa, safras 2009, 2010 e 2011; J. Alberto safras 2009, 2010 e 2011; e o ícone da vinícola, o Noemia, ano 2088.
O A Lisa é elaborado com uvas de vinhedos com mais de 60 anos de idade, em produção pequena, com 90% de Malbec, 9% e Merlot e 1% de Petit Verdot. Curiosamente, o tipo de maturação varia de ano para a no: o 2009 tem 9 meses em barricas de carvalho frances de 2o uso; o 2010 tem 30% do vinho em barricas de carvalho de 3o e 4o uso e 30% em tanques de cimento e 40% em tanques de aço inoxidável e o 2011 tem 25% do vinho amadurecendo 9 meses em barricas de carvalho frances de 3o e 4o uso, 30% em tanques de cimento e 45% em tanques de aço inoxídável. O resultado é que cada safra é bem distinta uma da outra, sendo que a melhor, ao menos na opinião geral da mesa, foi a 2011.
O J. Alberto é produzido com corte de 95% e Malbec e 5% de Merlot, e à exemplo do A Lisa, muda o processo de maturação dependendo das condições do ano. Na 2009, 30% do vinho ficou em barricas francesas novas e 70% em barricas de 2o uso, que foram usadas pelo Noemia, por oito meses e meio; no 2010, 30% ficou em barricas frandesas de 2o uso, 30% em barricas de 3o uso e 40% em tanques de cimento por nove meses; e no 2011, 85% ficaram em barricas de 2o uso e 15% em tanque de cimento por 9 meses. Aqui, a safra 2010 nos pareceu superior.
O Noemia já é um ícone dos enófilos, "impressionante" segundo a Wine Spectator e "o vinho que colocou a Patagônia nas adegas dos colecionadores", segundo a Decanter. Já é  considerado um dos melhores da América do Sul junto com o Almaviva e Don Melchor. O preço - US$ 150,00 - também o coloca nesse patamar.


Os vinhos degustados

Amir Neto, ganhador de uma garrafa de J. Alberto em sorteio entre os
presentes, com Berenice Maulhardt, da Bodega Nomeia. Para ele,
o Noemia só perde para o Almaviva na América do Sul 

Berenice Maulhardt com a sommelière Josi Pieri,
da Brancotinto Wine Store

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