Labels

terça-feira, 1 de maio de 2012

João Bosco abre hoje o 20o Maio Musical


A 20ª edição do Maio Musical será aberta em grande estilo hoje, com o cantor, compositor e violonista João Bosco, a partir das 20h na Sala Acrísio de Camargo do Centro Integrado de Apoio à Educação de Indaiatuba (Ciaei). A entrada é franca e os convites devem ser retirados na bilheteria do teatro uma hora antes do espetáculo.
João Bosco talvez seja a melhor combinação voz e violão da MPB, depois de João Gilberto. Mas enquanto o baiano ficou famoso pela batida bossa nova – imitada por quase todo mundo a partir de Chega de Saudade – e a voz cool, o mineiro de Ponte Nova combina uma pirotecnia rítmica às cordas com um vocal cheio de scats que por vezes mistura samba com ritmos latinos, como bolero e rumba. Além disso, é autor de clássicos da MPB como Mestre salas dos mares, De frente pro crime, Kid Cavaquinho, Papel Machê, Jade e, como se não bastasse, o hino da redemocratização, O bêbado e a equilibrista. Sua parceria como Aldir Blanc – em quase todas as canções supracitadas – está entre as mais importantes da música brasileira, no nível de Milton Nascimento e Fernando Brandt e Ivan Lins e Vitor Martins. Pode ser irônico, mas ele quase foi o parceiro de Vinícius de Morais no lugar de Toquinho, o que criaria a dupla... João Bosco e Vinícius!
Como tantos grandes compositores dos anos 70, ele foi lançado por Elis Regina, que gravou dele e de Aldir Blanc Bala com bala, em 1971. A  primeira gravação do próprio João Bosco aconteceu no ano seguinte, no lado B de um disco de bolso lançado pelo jornal O Pasquim, Agnus sei (O lado A era Águas de Março, com Tom Jobim e Elis Regina).
Seu primeiro LP saiu em 1973, com quase todas as faixas em parceria com Aldir, mas ele só estouraria com Caça à Raposa, em 1975, depois que Elis gravara músicas como Mestre Sala dos Mares, Caça à Raposa e Dois pra lá, dois pra cá no ano anterior.
Em Galos de briga (1976) gravou Rancho da goiabada, Incompatibilidade de gênios, Latin lover, O ronco da cuíca entre outros. Tiro de Misericórdia foi lançado no ano seguinte, trazendo a música-título, Gênesis (Parto) e Falso brilhante. Linha de Passe, lançado no LP homônimo de 1979, consolida seu estilo voz e violão único, praticamente inimitável. O disco ainda trazia O bêbado e a equilibrista, que estourou na interpretação de Elis.
Em 1982 lançou João Bosco ao vivo, 100ª apresentação, contendo seus maiores sucessos e que marcou a despedida de sua parceria exclusiva com Aldir Blanc. A nova fase traria obras como Papel Machê (com Capinam), Odilê, odilá (c/ Martinho da Vila), Quando o amor acontece (com Abel Silva), Jade, Desenho de Giz, Corsário e vários outras. Lançou um Acústico MTV em 1992, privilégio normalmente reservado a artitas de pop/rock, e um songbook em 2003. Voltou a compor e fazer as pazes com Aldir Blanc em 2001.
Comemorando seu 60º aniversário, lançou, em 2006, o CD e DVD "Obrigado, gente!", gravado no Auditório do Ibirapuera, em São Paulo. A seu lado, os músicos Nelson Farias (violão e guitarra), Ney Conceição (baixo), Kiko Freitas (bateria), Armando Marçal (percussão), Marcelo Martins (sax e flauta), Jessé Sadoc (trompete) e Aldivas Ayres (trombone), e ainda, em participações especiais, Djavan, Guinga, Yamandu Costa e Hamilton de Holanda (em "Linha de passe", com Paulo Emílio e Aldir Blanc).
Seu último disco de inéditas foi Não vou pro céu, mas já não vivo no chão, de 2009.
Outras atrações
As atrações seguintes do Maio Musical serão, no dia 3, o  Encontro de Percussão entre polos do Projeto Guri, das 14h as 17h30, e, no dia 4, Os Jovens Talentos locais Stefany Ueda e Caroline Mattos, às 20h. Todos na Sala Acrísio de Camargo, com entrada franca,

Nenhum comentário:

Postar um comentário