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quarta-feira, 31 de julho de 2013

Apresentação de Diego Arrebola como novo Wine Director da Rede Pobre Juan

Rafael Valdívia, Diego Arrebola, Renata Pereira, Priscila Oliveira e
Crstiano Melles
 A rede Pobre Juan apresentou ontem, dia 30, para a imprensa de Campinas e Região, seu novo Wine Director. É o sommelier Diego Arrebola, considerado o melhor do Brasil, morador de Campinas e que passa a assinar a carta de vinhos de toda a rede De 194 rótulos, a lista passou a ser de 263, sendo 170 novos, reunindo vinhos de 13 países. "Procurei eliminar as redundâncias (vinhos das mesmas castas, nacionalidades e faixas de preço) e acrescentar novos produtores e procedências", explicou Arrebola. O almoço na filial do Galleria Sopping contou com exemplares da nova carta harmonizados com pratos desenvolvidos especialmente pela chef da rede, Priscila Oliveira.

Se a inauguração da filial campineira há quase um ano foi uma das melhores refeições para a imprensa de que já participei, ontem, nossos anfitriões Cristiano Melles e Rafael Valdivia - que juntamente com Luiz Marsaioli formam o triunvirato da rede - se superaram. O welcome drink foi o espumante X Decima Brut Método Tradicional 2008, com 50% de Chardonnay e 50% de Viognier, produzido no Rio Grande do Sul e cujo nome refere-se à X Legião Romana, que acompanhou Julio Cesar na Gália e na Guerra Civil contra Pompeu. Ele foi acompanhado por tapas de vegetais, opção vegetariana desenvolvida pela chef Pricila Oliveira.
O prato de entrada foi um Carré de javali e vegetais grelhados na parrilla com redução de vinho tinto, acompanhado pelo Cave Spring Riesling Estate Bottled 2009, da cave Spring Cellars, do Canadá. Para Arrebola, a acidez da riesling compensa a gordura do javali.

Em seguida, o primero prato, Wagyu Striploin com mousse de batatas com azeite de trufas, harmonizado com o Spice Route Mourvèdre 2008, da África do Sul. O wagyu é o gado de origem japonesa popularmente conhecido como kobe, no caso aqui importado da Austrália. É provavelmente a carne de boi mais cara do mundo, uma experiência gastronômica fora de série, que nos remeteu a uma conversa com o saudoso Marcos Bassi há um ano, em seu Templo da Carne. Sobre o vinho, Arrebola explicou que a variedade Mourvèdre começou a ser cultivada na África do Sul em função do sucesso da Syrah, já que ambas são originárias do sul da França.

O segundo prato foi mais familiar, o Bife Pobre Juan, acompanhado de cogumelos salteados, cebola roxa grelhada com molho bourbon. A harmonização foi com Morandé Edición Limitada Carignan 2009, do Chile. Após esse prato e vinho mais encorpados, foi servido um sorbet para limpar as papilas, antes do terceiro prato e do vinho da noite: o Brunello di Montalcino Biondi-Santi 2006, "O" brunello. Com apenas 7 anos desde a colheita, certamente ele ainda teria anos de amadurecimento na garrafa, mas já estava ótimo de beber. Seu acompanhante foi um Shoulder Steak, tirado da omoplata do boi, com emulsão de mandioquinha e gorgonzola. Esse corte saboroso acaba virando carcaça nos frigoríficos por causa do tamanho pequeno, que não compensa o trabalho de desossa.
A sobremesa foi Mousse de chocolate, harmonizado com o Porto Burmester Tawny 20 anos, servido em garrafinhas tipo frigobar de hotel, para garantir a qualidade da bebida. Depois de aberta, uma garrafa de Poto sobrevive no máximo uma semana, segundo Arrebola. No Pobre Juan, além do Porto, também o Madeira vem nessas garrafas de uma dose. Novamente, a lauta refeição foi fechada com um café expresso gourmet feito com grãos da fazenda de Cristiano Melles.

O novo responsável pelos vinhos da rede (na verdade, de todas as bebidas, incluindo as não-alcoólicas) procurou nos mostrar um pouco da variedade de nacionalidades, castas e da alta qualidade que ele selecionou para a carta de vinhos. Além disso, os pratos servidos também devem integrar o menu como opções de alta gastronomia. Com oito anos de vida, a rede Pobre Juan já tem oito restaurantes e se prepara para inaugurar o nono em Curitiba. Em Campinas, ao menos, não vejo melhor opção para comer cortes nobres.

O espumante nacional X Décima Brut 2008

Tapas de vegetais

O branco Cave Spring Riesling 2009, do Canadá
Carré de javali e vegetais grelhados na parilla com redução de vinho tinto

Spice Route Mourvèdre 2008, da África do sul

Wagyuy striploin com mousse de batatas com azeite trufado
Morandé Edición Limitada Carignan 2009, do Chile
Bife Pobre Juan com cogumelos salteados e cebola rosa grelhada com molho Bourbon

O vinhaço do almoço, Brunello di Montalcino Biondi-Santi 2006
Shoulder steak com emulsão de mandioquinha e gorgonzola
A garradinha de Porto Burmester Tawny 20 anos
Mouse de chocolate decorada com framboesa e amendoas

1 comentários:

  1. Uauuu...
    Que fantástico!! Parabéns ao Diego nesse novo empreendimento. Suce$$oooo...

    Enoabraço;
    Josi Pieri

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